Nélson Simões, o homem da luz de Bertioga |
O diretor de Obras e atual responsável pela iluminação
pública de Bertioga, Nélson Simões, participou do programa Praia FM Debate da
última terça (10) e detalhou o novo modelo de contrato e de relação da
Prefeitura de Bertioga com a Elektro.
Segundo Nélson, atualmente, um pedido de instalação de poste
de iluminação pública demora 4 meses, no novo modelo de contrato, que deve ser
licitado ainda este ano, o prazo cairá para 10 dias.
A novidade será a contratação de terceirizada, autorizada
pela Electro e ANEEL, que fará a instalação e parte da manutenção quase
instantaneamente.
“Bertioga tem 11.200 postes de iluminação e carece de mais
2000 postes. Em um ano conseguimos instalar mais de 400 postes, porém, nos
últimos 10 anos se “iluminou” muito pouco em relação ao crescimento da cidade e
existe uma demanda reprimida de iluminação”.
Outro ponto importante a partir do novo contrato será a
substituição das lâmpadas incandescentes (que perdem quase 70% de energia) para
as lâmpadas de vapor de mercúrio, que além de serem ecologicamente corretas
dadas a sua eficiência energética, iluminam melhor. Muito Melhor.
Basta observar a nova iluminação da Av. 19 de Maio em
comparação a Av. Anchieta.
Além de detalhar as mudanças o Nélson contou um pouco sobre
sua carreira (35 anos de Philips) e de alguns lugares do mundo que conheceu
militando na área de iluminação: Paris, Barcelona, Madri, Copenhague, Bogotá,
Argentina, Holanda, etc... Simões tem casa em Bertioga há 20 anos, era
veranista e após a aposentadoria passou a morar aqui.
Uma das coisas que discutimos foi a poluição visual, lembrei-me
de Copacabana (Rio) onde os fios são enterrados e as árvores podem crescer até
o oitavo andar dos prédios. Uma delícia.
Já o centro de Santos, caminhando na XV de Novembro, você
não vê o céu de tanto fio. Tem fio do trólebus que não circula há 20 anos.
Nélson me desanimou, disse que em novas vias é mais fácil “enterrar”
os fios, mas em ruas que já existem, seria preciso praticamente refazer
calçamentos e calçadas, ou seja, quebrar o que tem e fazer de novo... ou seja,
vamos ter que conviver com os fios pendurados ainda por muitas gerações.
Uma pena!
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